Nesta última quinta-feira (03) a igreja católica celebrou a solenidade de Corpus Christi. Uma expressão que vem do latim e significa Corpo de Cristo. A data muda a cada ano de acordo com o dia que a Páscoa é celebrada, logo, a solenidade de Corpus Christi é sempre 60 dias após a Páscoa.

Uma das características da comemoração, são os tapetes, geralmente feitos com serragem, sal, café, folhas, entre outros materiais. O objetivo disso é “preparar o caminho em que o Senhor irá passar”. Visto que todos os anos é realizada a procissão com o Santíssimo. Mas esse ano, esse costume tão antigo precisou ser adaptado.

Com a atual pandemia da Covid-19, as habituais procissões onde os fiéis caminhavam juntos atrás do Santíssimo, percorrendo as ruas enfeitadas, aconteceu de uma forma diferente para preservar a saúde de todos.

Muitas comunidades organizaram as celebrações de modo que todo o percurso fosse realizado de carro, tanto pelos padres, quanto os fiéis.

De acordo com o Padre Reginei Modolo, mais conhecido como Pe. Zico, “celebramos Deus que se faz próximo que vem em socorro da nossa fraqueza, da nossa pequenez, Jesus é o pão dos fracos. Receber a eucaristia é fazer acontecer em si a presença de Deus. Hoje proclamamos na nossa cidade a fé católica da presença de Jesus na eucaristia. É o corpo e sangue do Senhor que nos alimenta”.

O Pe. Marcos Pires, define a celebração de Corpus Christi como um clamor, “por meio deste gesto celebrativo é que Deus clama atenção, um pouco do nosso tempo vivendo em meio a pandemia, dificuldades, polarizações políticas. Um clamor de paz, alegria e esperança. Precisamos ouvir esse clamor. E a igreja está aí para ser a que grita e apresenta que o gesto está aí para ser celebrado”.

Muitas pessoas tem costume de acompanhar a procissão todos os anos, como é o caso do senhor Francisco Borges, que diz ser uma alegria muito grande estar com Jesus, e ainda completa, “é onde a gente encontra uma força, uma fortaleza para resistir a tudo que está acontecendo. Daí vem a esperança que ajuda bastante”.

Para o padre Gilmar Petry pároco da paróquia Nossa Senhora de Caravaggio e ecônomo da Catedral, esta procissão de fieis significa que ainda há salvação para o mundo, “nada mais bonito que uma carreata em honra a nosso senhor Jesus Cristo. Que caminha em meio ao povo dizendo que ele está presente e que não devemos ter medo. Vamos continuar caminhando nos passos de Cristo”.

O sacerdote finaliza com uma mensagem, “que Deus possa iluminar todos aqueles que receberam a benção e de modo especial todos aqueles que foram contaminados pela Covid-19 para que o Cristo Jesus alcance o coração de cada um deles”.

Confira as fotos das procissões da Catedral e da Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *