Procissão de Corpus Christi

O tempo Kairós é entendido de maneira simples como “momento certo” eu também diria “momento oportuno”. É assim que podemos descrever a procissão que aconteceu ontem (16), pela cidade, com o Santíssimo Sacramento exposto e seguido pela multidão de fiéis.

Impossível ficar indiferente ás lágrimas da jovem que fora obrigada a trabalhar em dia santo, mas que da calçada seguia com olhos atentos o andar do Santo Corpo do Senhor dentro do ostensório. Este segurado carinhosamente pelos sacerdotes que se revezavam ao longo do trajeto até a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

Também impossível ficar indiferente ao homem que com as mãos postas ajoelhado durante as paradas olhava para o céu, como se estivesse observando algo que o transcendia. Entre tantos outros motivos, a procissão de Corpus Christi nos revela que a igreja peregrina continua firme apesar das agressões da mídia profana que não se preocupa com o amanhã. Pelo contrário, usurpa a inocência que resta da humanidade secularizada do homem no centro, vivendo cada momento sua eternidade diminuta de uma existência frágil e de um futuro duvidoso.

A procissão de Corpus Christi nos mostra que o eterno é presente, nossa morada definitiva está no porvir e que nós cristãos precisamos ser difusores da boa nova. Transformando o mundo ferido em jardim de amor, tão sonhado por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto é agora o tempo oportuno que se deixa alcançar.